“Era uma vez um escritor que caminhava todas as manhãs
na beira do mar para se inspirar.
Certo dia, viu um jovem que recolhia estrelas-do-mar na areia
e as jogava uma a uma de volta ao oceano.
– Por que você está fazendo isto? – perguntou o escritor.
– Você não vê? – explicou o jovem, que continuava a apanhá-las.
– A maré está vazando e o sol está brilhando forte …
elas irão ressecar e morrer se ficarem aqui na areia.
O escritor espantou-se e disse com paciência:
– Meu jovem, existem milhares de estrelas-do-mar
espalhadas pela praia.
Você joga algumas poucas de volta ao oceano,
mas a maioria vai perecer de qualquer jeito.
De que adianta tanto esforço, se não vai fazer diferença?
O jovem se abaixou e apanhou mais uma estrela,
sorriu para o escritor e disse:
– Para esta aqui faz …
E jogou-a de volta ao mar.
Naquela noite, o escritor pensou tanto
que não conseguiu dormir.
Pela manhã, voltou à praia e uniu-se ao jovem e, juntos,
começaram a jogar estrelas de volta.”
(recebido sem autoria)